sábado, 26 de novembro de 2011

Caravana da Alegria e Grupo Teatral Kuase Normais fecham o festival com chave de ouro

Acontecendo pela 1ª vez Gurupi, a 240 km de Palmas, o Encenarte – Festival Nacional de Teatro de Gurupi superou todas as expectativas durante os cinco dias de feriado prolongado que na cidade iniciou-se no dia 12(sábado), passando pelo dia 14 (aniversário da cidade) e dia 15 proclamação da República.Para organização do evento que acreditava que a comunidade iria aproveitar a folga prolongada para viajar ou até mesmo ficar em casa para descanso, foi surpresa ver que no palco improvisado do Centro Cultural Mauro Cunha, que desde a sua construção há mais de 10 anos, carece de um espaço digno do talento dos artistas e comodidade do publico, as cadeiras estavam todas lotadas e pessoas do lado de fora pedindo para assistir as peças não podiam entrar por falta de espaço.Compareceram ao evento pessoas de diversas localidades da cidade e turistas como Lucas Fernando de Porangatu - Goiás que disse que vem sempre a Gurupi visitar parentes mais que nunca assistiu um evento tão bonito."Gurupi é maior que a minha cidade, que tem menos de 55 mil habitantes, porem temos um evento de teatro que ja vai completar 10 anos chamado Mostra de Teatro de Porangatu e é uma pena que o publico daqui nao tenha o mesmo apoio que temos e um evento tão maior" frisou. Para organização ausencia notada mesmo foi apenas de autoridades locais que de acordo com o organizador do evento Thomas Batista deveriam se fazer presentes e conhecer a realidade do espaço do Centro Cultural que necessita urgente de reforma desde a pintura, ventilação, telhado e iluminação que em muitas vezes era cortada enquanto os atores estavam em cena.“Passamos por sufoco com a energia que era fornecida devido a precariedade das instalações. Por duas vezes apresentações foram interrompidas na metade e tivemos que correr atrás do problema. Uma troca da fiação elétrica se faz necessária para que não tenhamos danos maiores futuros” ressaltou Batista. No primeiro dia (13-11)a Cia. de Teatro Jovins e Tals abriu o evento com um musical premiado pelo Edital de Circulação da Secretaria de Cultura do Tocantins com espetáculo “Ensaios” cujo enredo falava dos sonhos que todos artistas tem de ser vistos e reconhecidos em seus talentos.Já na segunda noite (14-11) a Cia. Chama Viva de Teatro do Tocantins arrebentou e conquistou o publico com a comédia “Dois idiotas sentados cada qual no seu barril” interpretadobrilhantemente pelos atores Nival Correia e Juliano Gomes, que apresentaram uma história que prendia a atenção do começo ao fim ao abordar os conflitos gerados pelas diferenças, intolerância, inveja e preconceito. Dois idiotas foi a peça mais aplaudida e sem dúvidas a que mais chamou a atenção de quem prestigiou o evento desde o inicio.Já na terça -feira devido o espaço cultural ter sido alugado antecipadamente para uma igreja evangélica da cidade o evento teve que ser interrompido a contra gosto da organização.Batista explica que o Secretario de Cultura Chico Chokolate já havia alugado o espaço antes porém a igreja contratante mesmo sob insistência do Secretario não aceitou transferir o evento religioso para outro local e muito menos teve o bom senso de enxergar que o espaço por ele utilizado naquele dia foi construído para atender a comunidade com atividades artísticas e que as igrejas já tem o seu próprio espaço e não precisam ocupar espaços de cunho cultural.Na penúltima noite a Cia. Guetoda Casa de Cultura apresentaram uma peça cujo tema central era o Tocantins, suas lendas, causos, danças típicas e nossa arte.TO encena foi a peça que dava uma aula de cultura regional ao falar das quebradeiras de coco babaçu, lenda da boiuna, índios, entre outros, sempre com canções interpretadas ao vivo.
O ultimo dia ficou por conta de dois convidados especiais que vieram diretamente de Goiás, as Cias. de Teatro Caravana da Alegria com o infantil Maria Lolita e Juca Peroba, com uma temática voltada para o universo infantil e Kuase Normais com Ti ti ti, uma comédia rasgada que retratava situações vividas por quem gosta de “falar de mais e fazer fofocas”. Ambas as a peças fecharam o evento com chave de ouro e serviu para promover o intercambio entre Goias e Tocantins.
A noite após encerramento emocionado, o produtor do evento Thomas Batista, fez um balanço geral desse primeiro festival e ressaltou que o evento atingiu seu maior desafio que era conquistar o publico e torna-lo apreciador do teatro. E que graças a parceria da imprensa local, entre elas a organização Jaime Câmara, que todo dia se fez presente cobrindo o evento foi possível lotar os 5 dias. Ele lamentou a ausência dos representantes da cidade que convidados não justificaram sua ausência e aproveitou para dizer e que o próximo desafio do evento, aprovado pela Secretaria de Cultura do Tocantins e previsto para acontecer em 2012 será mostrar ao poder publico que existe a necessidade de um espaço melhor que não faça com que os poucos recursos do tesouro municipal sejam gastos com aluguel de som, iluminação, cadeiras, palcos entre outros, e que o evento possa tornar Gurupi um painel das artes cenicas no Tocantins e fora deste.

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